Fonte: http://www.wwow.com.br/
Carrinhos, bolas, bonecas, bicicletas…, estes eram os brinquedos preferidos das nossas crianças há alguns anos atrás. Mas o cenário mudou muito rápido: a febre dos dispositivos móveis, smartphones e tablets, tem invadido nossas casas e mudado o foco da atenção dos nossos pequenos. E milhares de pais, pouco informados, têm cedido ao apelo emocional e não têm buscado orientações sobre o risco de uso desses aparelhos por bebês e crianças. Seriam eles amigos ou vilões?
A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria sugerem que as crianças tenham acesso a dispositivos móveis somente a partir dos 13 anos e devidamente orientadas sobre a forma adequada de utilizar os aparelhos, como, por exemplo, desligá-lo durante as aulas ou refeições. Reforçam ainda que os bebês entre 0 e 2 anos não devem ter contato algum com a tecnologia; entre os 3 e 5 anos, deve ser restringido a uma hora por dia e de 6 a 18 anos a restrição deveria ser de duas horas por dia.
“As estatísticas mostram que cada vez mais as crianças usam tablets e celulares. E esse uso privado escapa do domínio dos pais”, explica Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet, organização não governamental que trabalha na promoção de direitos humanos na internet.
A diretora do site guiainfantil.com, Vilma Medina, apresenta, em uma excelente matéria,10 motivos para proibir os smartphones para crianças menores de 12 anos, a saber:
1) Crescimento acelerado do cérebro;
2) Atraso no desenvolvimento da criança;
3) Obesidade infantil;
4) Alterações do sono;
5) Doenças Mentais;
6) Condutas agressivas na infãncia;
7) Falta ou déficit de atenção;
8) Vício infantil;
9) Muito radiação;
10) Superexposição.
Para a psicóloga Katty Zuñiga, do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática) da PUC-SP, os adultos devem trabalhar para estabelecer uma relação de confiança com os filhos, o que envolve limites no uso de tecnologia. Essa tarefa traz a obrigatoriedade de os pais proporem atividades para passar tempo com os filhos, como ir a um parque, fazer exercícios ou praticar algum hobby que as crianças também gostem de fazer.
Deixamos também algumas dicas do Safernet.org que podem orientar as famílias quanto ao uso dos dispositivos móveis pelas crianças:
- Participe ativamente das atividades online realizadas pelos filhos;
- Em caso de ofensas, ofereça apoio e mostre a seu filho que não está sozinho;
- Se a criança usa o telefone para evitar o mundo offline, busque ajuda;
- Ofensas não devem ser respondidas. Ao passar por isso, salve as mensagens;
- Negocie e crie regras para crianças utilizarem dispositivos eletrônicos;
- Promova atividades que não envolvam a internet, como por exemplo ir ao cinema.
Referências: semprefamilia.com.br, safernet.org, guiainfantil.com e uol.com.br